terça-feira, 18 de março de 2014

VACINA CONTRA HPV SEM LIMITE DE IDADE :

ANVISA aprova vacina contra o Papilomavírus Humano para mulheres acima dos 25 anos. De acordo com a responsável técnica do serviço de vacinas do Hermes Pardini, a medida é um grande avanço para o combate do HPV, uma vez que as  mulheres acima dos 26 anos estão cada vez mais suscetíveis à doença.
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) aprovou na última sexta-feira, 28 de junho, a vacina contra o Papilomavírus Humano 16 e 18 (recombinante) para mulheres a partir dos 9 anos, sem limite de idade. A medida estende a indicação da vacina - anteriormente recomendada para mulheres de 10 a 25 anos - a mulheres acima dos 25, possibilitando que estas tenham acesso à imunização contra o HPV com objetivo de prevenir o câncer de colo do útero.

A Dra. Marilene Lucinda, responsável técnica do serviço de vacinas do Hermes Pardini, afirma que a medida é um grande avanço para o controle do HPV. "O HPV tem dois picos: entre os 15 e 18 anos (início da atividade sexual) e entre 35 e 40 anos. Estatísticas da área de saúde tem apontado um aumento considerável no número de mulheres infectadas após os 26 anos de idade. A medida da ANVISA irá atingir esse grupo, possibilitando um controle maior sobre a proliferação das doenças provocadas pelo Papilomavírus Humano", afirma.

A ANVISA frisa que a medida só vale para a vacina produzida pela GlaxoSmithKline (GKS). A Cervarix - nome pelo qual é conhecida internacionalmente a vacina - oferece 93,2% de eficácia na proteção contra as lesões pré-cancerosas no colo do útero, pois  imuniza contra os tipos de HPV 16 e 18.

O câncer do colo do útero é uma das principais causas de morte em mulheres. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), o Brasil tem aproximadamente 69 milhões de mulheres com 15 anos de idade ou mais, com risco de desenvolvê-lo. O Instituto Nacional do Câncer (INCA) estimou, no ano passado, 17.540 novos casos de câncer do colo do útero a cada 100 mil mulheres e mais de 4.800 mortes em decorrência da enfermidade.

A Dra. Marilene Lucinda ressalta que a vacinação é aconselhável antes do início da atividade sexual, mas as pessoas que já iniciaram também devem receber a vacina. Ela alerta ainda para a importância da vacinação, mesmo que a pessoa já tenha contraído o HPV, pois permanece susceptível à infecção por outros sorotipos. Além disso, ela pondera que "a vacina não dispensa o exame preventivo das mulheres e o sexo seguro, pois não protege contra todos os tipos de HPV e tampouco de outras doenças sexualmente transmissíveis."

O que é o HPV - é um vírus presente em humanos e animais, mas são específicos de cada espécie, portanto só os tipos específicos acometem o homem (vírus do papiloma humano). Existem mais de 100 tipos de HPV humano sendo que alguns preferem a pele, causando, por exemplo, verrugas, e outros têm preferência por mucosas (revestimento interno dos órgãos genitais, boca, região anal, etc). Mais de 40 tipos infectam as mucosas-colo do útero, vagina, vulva, reto, uretra, pênis e ânus. O tipo 16 tende a ser mais persistente, mas na maioria das vezes, se resolve em dois anos.

O vírus preocupa mais as mulheres, devido à probabilidade do câncer de colo do útero. Por isso é importante que a mulher diagnosticada com algum dos tipos mais graves tenham acompanhamento médico, permitindo assim o tratamento adequado antes que o câncer se instale.

O HPV é transmitido durante o contato de pele com a pele, muito frequentemente durante a relação sexual com penetração, embora a transmissão possa ocorrer sem penetração e no sexo oral. Dr. Guenael Freire, médico infectologista da Assessoria Científica do Hermes Pardini, explica que mulheres virgens raramente apresentam infecção pelo HPV (menos que 2%). "Quanto maior o número de parceiros, maior é o risco de infecção", conclui.

HPV em homens - grande parte da população ouve falar sobre o HPV em mulheres, mas o vírus afeta também os homens. "O câncer de pênis pode ocorrer em homens infectados, mas é bem menos comum. Outra localização possível de câncer é na região anal, principalmente em pessoas portadoras do HIV", explica Dr. Guenael. Outro fato relevante é que a infecção pelo HPV é comum em relações homossexuais entre homens.
          
HPV em crianças - o HPV pode ser transmitido da mãe para o bebê durante o parto, caso a mãe esteja infectada. A complicação mais frequente é o surgimento de verrugas laríngeas na criança, embora não seja comum. Recomenda-se que as mulheres com condilomas (verrugas) grandes na via de parto sejam submetidas à cesariana.
           
Tipos de HPV - os tipos se dividem em duas categorias: a primeira está associada mais com lesões cancerígenas (alto risco) e a segunda, com verrugas genitais (baixo risco).  Os tipos 6 e 11 são os mais comumente associado às verrugas (condiloma acuminado) e os tipos 16 e 18 são mais relacionados à lesões malignas.

Vacina - a vacina protege as pessoas dos sorotipos mais comuns. Existem dois tipos de vacinas: a Bivalente, que protege contra os sorotipos 16 e 18, que são os principais causadores do câncer de colo de útero e outros cânceres genitais; e a Quadrivalente, que protege contra os sorotipos 6, 11, 16 e 18, que são responsáveis por 70% dos cânceres cervicais e 90% dos condilomas ou verrugas. Atualmente, a única vacina aprovada para aplicação em homens é a Quadrivalente. Tanto a Bivalente quanto a Quadrivalente são aplicáveis em crianças.

Como diagnosticar o HPV - nas mulheres: pode ser pesquisado em material proveniente de qualquer local da região genital (colo do útero, vagina, vulva) e região perianal, com o uso de escovinha especial. O vírus também pode ser identificado no material coletado para o exame preventivo, conhecido como Papanicolau. Existe ainda o PCR (reação de cadeira de polimerase), técnica que identifica o DNA viral. Os mesmos materiais biológicos acima podem ser utilizados. O exame pelo método PCR apresenta como vantagem a capacidade de definir qual é o tipo viral. Até o momento, não há exame de sangue capaz de determinar se existe ou não infecção pelo HPV.
Nos homens: no caso de verrugas genitais, a característica clínica é muito sugestiva e geralmente não são necessários exames complementares.

Tratamento - para as lesões verrucosas, substâncias cáusticas (ex. alguns ácidos), crioterapia (congelamento) e cirurgia são alternativas possíveis. Já para lesões iniciais em colo de útero, a cauterização geralmente evita a progressão para o câncer, por isso é tão importante a realização de exames preventivos na mulher. Quando o exame preventivo mostra alterações mais intensas, pode ser necessária a realização de biópsia do colo de útero para definir o tratamento. 

EM FRUTUOSO GOMES ; A VACINAÇÃO ESTÁ SENDO REALIZADA NAS ESCOLAS E NA UBS ! 
A SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE VAI  A RÁDIO COMUNITÁRIA PARA CONVERSAR COM A POPULAÇÃO SOBRE A IMPORTÂNCIA DE VACINAR AS ADOLECENTES . E CONCEDE ENTREVISTA AO PROGRAMA LIBERDADE VIVA  , EM UM ENVOLVENTE BATE-PAPO DA ENFERMEIRA GERDILENE TÓMAZ E A LOCUTORA ALCIVÂNIA ANDRADE ! 

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