terça-feira, 6 de agosto de 2013

Júri popular é marcado por supresas

Polícia
Por Sayonara Amorim da Redação em 05/08/2013 às 22:15

Wilson Moreno
Juiz Cândido Vilaça acertando os últimos detalhes na sessão do júri de ontem
Depoimentos emocionados e surpresas marcaram o primeiro dia de julgamento de acusados da morte do radialista Francisco Gomes de Medeiros, o F. Gomes, que teve início às 9h de ontem, 5, no Salão do Júri Siloé de Oliveira Capuxu, no Fórum Municipal de Caicó-RN. Na sessão de ontem estavam previstos os julgamentos de dois dos réus no caso, porém, devido a desistência inesperada da advogada de um dos acusados, somente o homem acusado de ter atirado e matado o radialista teve o julgamento iniciado.
A advogada Maria da Penha Batista de Araújo, que seria responsável pela defesa do acusado de ser o mandante do crime, Lailson Lopes, surpreendeu a todos e anunciou sua desistência no processo. A advogada alegou falta de tempo para pedir desaforamento do júri, alegação que foi recusada pelo juiz Luiz Cândido de Andrade Villaça, que, de imediato, puniu a defensora ao pagamento de 50 salários mínimos, com um prazo de 20 dias para cumprimento.
Com a desistência da advogada Maria da Penha, o julgamento de Lailson Lopes foi adiado para a próxima segunda-feira, 12. Com a mudança de última hora, foi mantido apenas o júri do réu confesso João Francisco dos Santos, 27 anos, o “Dão”, que terá seu destino definido durante o dia de hoje.
DEPOIMENTOS – Ainda ontem pela manhã foram ouvidas quatro testemunhas que relataram tudo o que presenciaram na noite do dia 18 de outubro de 2010, quando F. Gomes foi surpreendido em frente a sua residência e assassinado com vários tiros. A primeira testemunha a ser ouvida foi Jucileide Medeiros Gomes, irmã da vítima, que disse ter presenciado o crime.
Em vários momentos do depoimento, Jucileide se emocionou ao contar com detalhes como foi assistir um homem atirar contra o próprio irmão e não poder fazer nada para impedir. “Eu corri para tentar fazer aquele homem parar e ainda disse: não faça isso, seu infeliz, mas mesmo assim ele continuou atirando conta o meu irmão”, relatou.
Outra testemunha que também se emocionou e emocionou o público presente na sala de júri foi a viúva de F. Gomes, Maria Eliene de Queiroz Gomes. “Eu tinha acabado de entrar em casa para pegar um copo d´água para Gomes, quando ouvi os tiros e parei para ver se eram fogos, mas decidi correr até a calçada para ver o que era e ainda vi o homem atirando e eu disse: não faça isso, seu covarde, mas ele ainda deu mais dois tiros e depois foi embora como se nada tivesse feito”, detalhou. Eliene ressaltou ainda que os filhos gêmeos do casal, na época com 15 anos, viram o pai morto na calçada da casa e ouviram os tiros. “Desde a morte do pai, meus filhos não conseguem mais ouvir fogos, tiros ou assistir a qualquer situação de violência. Ficaram com trauma”, acrescentou. À tarde, o restante das testemunhas foi ouvido.
O réu João Francisco dos Santos, o “Dão”, ainda foi ouvido na noite de ontem pela acusação e defesa. Inicialmente foram repassados vídeos com depoimentos e em seguida o réu foi ouvido. Logo após o depoimento de “Dão”, o primeiro dia de julgamento do caso F. Gomes foi suspenso e somente será retomado na manhã de hoje, 6, a partir das 9h, com debates entre acusação e defesa.
       fonte gazeta do oeste

 

Nenhum comentário:

Postar um comentário